26 de novembro de 2024
ANCP participa da 3ª Reunião Ord...
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Apenas uma em cada dez pessoas que precisam de Cuidados Paliativos – ou seja, de tratamento para o alívio da dor, sintomas e estresse causados por doenças sérias e crônicas – recebe este atendimento no mundo hoje. Esta é a conclusão do Atlas Global de Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida, publicado pela Organização Mundial da Saúde e pela ONG Worldwide Palliative Care Alliance (WPCA), no final de janeiro.
Cuidados Paliativos incluem, além do alívio da dor e de outros sintomas físicos, a atenção a sofrimentos psicossociais e emocionais e o apoio à família até a fase do luto. “A assistência paliativa é realizada por equipe multiprofissional, liderada por um médico, e composta por, no mínimo, um enfermeiro, um psicólogo, um assistente social e um fisioterapeuta”, explica a Dra. Maria Goretti Sales Maciel, presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), entidade brasileira que faz parte da WPCA.
Segundo a OMS, a cada ano mais de 20 milhões de pessoas necessitam de Cuidados Paliativos ao final de suas vidas no mundo todo. Cerca de 6% destas são crianças. O número total estimado é de 40 milhões, incluindo os pacientes no estágio inicial da doença.
Para a agência, o mundo ainda está focado no combate e prevenção a patologias endêmicas e transmissíveis, como a malária, a dengue, a tuberculose e a AIDS. “Com o envelhecimento da população, está na hora do governo investir também em políticas públicas voltadas para a terminalidade da vida e para doenças não transmissíveis como o câncer, as demências e as patologias cardiovasculares”, afirma a Dra. Goretti.
“Os Cuidados Paliativos no Brasil avançam de maneira constante e sólida, porém em um ritmo lento”, avalia a médica. “Temos cadastrados, no diretório da ANCP, cerca de 80 serviços de Cuidados Paliativos de todas as regiões do Brasil. No entanto, cada um está em uma etapa de desenvolvimento”, informa. “Em sua maioria, são iniciativas de profissionais de saúde empenhados em melhorar a assistência oferecida a seus pacientes”, explica. “Está na hora destas iniciativas serem reconhecidas e de se tornarem oficiais”.
Este é o apelo que faz também a Organização Mundial da Saúde ao solicitar de seus estados membros que integrem os Cuidados Paliativos aos seus sistemas de saúde. “No Brasil, atualmente, a Academia Nacional de Cuidados Paliativos está conversando com o Ministério da Saúde sobre este assunto. A pauta inclui acesso a medicamentos essenciais, formação de recursos humanos e modelos de assistência no âmbito do SUS”, explicou. “Acreditamos que medidas concretas devam ser aplicadas a partir de 2015”, salientou.
O Atlas de Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida pode ser baixado do link: http://www.who.int/nmh/publications/en/
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