A morte e a boa morte na contemporaneidade

Lives e Webnars ANCP
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3 de maio de 2019

A morte e a boa morte na contemporaneidade

“Todos morreremos, só não sabemos como, nem quando, nem onde. O período pré morte é muito incerto e é marcado por medo, insegurança, dor e ansiedade.” foi com essa explanação que Patrícia Coelho deu início a apresentação dos conceitos da morte (social, psicológica, biológica e fisiológica), falou da história da morte (domesticada, de si próprio, do outro, intolerante) e da boa morte: “A boa morte precisa ser tratada de forma individual, se está sem dor ou sintomas, se está em um ambiente familiar na companhia de amigos e familiares. É missão dos profissionais de saúde não apenas lutar contra a doença, mas também aliviar o sofrimento até o fim da vida”, disse a paliativista.


Patrícia mostrou alguns estudos feitos na Europa que mostraram que cerca de 70% das pessoas preferem morrer em casa. Essa é uma tendência principalmente das pessoas mais velhas. Um outro estudo, também no continente Europeu, mostrou que apenas 34% das pessoas morreram no lugar que preferiam. “A morte em casa ainda não é uma realidade para a maioria que deseja. Custos econômicos, sociais e ter a casa própria são algumas das barreiras em Portugal, por exemplo”, destacou a especialista.

Segundo Patrícia, a boa morte é uma morte com o mínimo de sofrimento dos doentes, de seus familiares e cuidadores, normalmente com os desejos e preferências dos doentes e familiares, além das questões clínicas, culturais e éticas . Patrícia destaca que ainda há um longo caminho a percorrer, mas é notória a evolução do tema em diversos países. “Precisamos garantir o Cuidado Paliativo em todos os ambientes. Para uma boa morte é preciso visão clínica baseada em aspectos éticos e nas características da doença principal, do grau de evolução da mesma, da situação, complicações adjacentes, controle de sintomas e também a opinião do doente e dos profissionais. Cuidar do fim da vida é um dever”, afirmou.

Patrícia Coelho é professora auxiliar na Universidade Católica Portuguesa do Porto, doutora em Enfermagem e pós-graduada em Cuidados Paliativos. E esteve entre os palestrantes internacionais do VII Congresso Internacional Cuidados Paliativos da ANCP, realizado entre os dias 21 e 24 de novembro de 2018.


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