15 de novembro de 2024
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Abordando 3 subtemas importantes para o tratamento das dores em pacientes com câncer, o webinar teve a participação da Dra. Mirlane Cardoso, médica anestesiologista e sócia-fundadora da ANCP. Ela tratou sobre o impacto global do câncer na vida das pessoas e apresentou números do CECON, hospital referência no tratamento da doença em toda a Amazônia Legal. O relatório FCECON 2020 evidencia números importantes: a terapia de dor e os cuidados paliativos ficaram em 1º lugar em procedimentos realizados, sendo 42% do total. “Isso é motivo de muito orgulho”, frisou Mirlane.
Os pacientes oncológicos são os que mais necessitam de Cuidados Paliativos em todo o mundo. Dados da OMS mostram que eles são 34% do total.
A dor do câncer
“A dor do câncer tem uma terminologia inadequada, pois a impressão que se tem é que ela esteja relacionada apenas ao diagnóstico. Temos que pensar em síndromes dolorosas, que estão relacionadas tanto com a doença primária, com as metástases locais e as repercussões psicossociais e espirituais que uma doença que ameaça a vida está associada”, diz Mirlane.
Falando sobre a dor como limitador de vida do paciente com câncer, a Dra. Teresa Reis, cirurgiã oncológica e paliativista do INCA – Instituto Nacional do Câncer, abordou três pontos cruciais para profissionais que tratam de pacientes oncológicos e que não têm experiência com as dores típicas da doença e suas abordagens. “Cabe a nós cirurgiões, oncologistas e paliativistas nos instrumentalizarmos para poder reconhecer melhor essas síndromes álgicas. Abrir espaços e garantir uma abordagem multidisciplinar, porque sozinhos não vamos conseguir tratar da dor crônica e melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, alertou Teresa. Ela complementa: “Temos de garantir Cuidados Paliativos a quem precisa”.
Em seguida, o Dr. João Batista Garcia, responsável pelo serviço de dor e CP do Hospital do Câncer do Maranhão e atual vice-presidente da ANCP, falou sobre a disponibilidade de analgésicos para pacientes com câncer. “Para que possamos tratar um câncer, precisamos pensar numa abordagem multidimensional, multiprofissional e multidisciplinar. É preciso lembrar que a forma como tratamos o câncer deve ser individualizada. Cada um terá sua forma de expressar a dor” destacou João. Ele também citou uma boa notícia: em abril de 2021, a ANS determinou que passa a ser obrigatória a cobertura de analgésicos, opiáceos, e derivados – de acordo com prescrição médica – para pacientes oncológicos com dor relacionada à patologia ou a seu tratamento.
Assista na integra abaixo:
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