15 de novembro de 2024
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Em Goiânia (GO), uma das mais importantes cidades do centro-oeste brasileiro, a missão de atender com dignidade a pacientes que necessitam de cuidados paliativos, assim como suas famílias, ficou a cargo de uma equipe formada há 5 anos, a partir da contratação do geriatra, médico paliativista e, hoje, coordenador da prática no local, Ricardo Borges da Silva. O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) iniciou o processo de construção de uma equipe multidisciplinar em 2015, quando foi criada a Comissão de Cuidados Paliativos, dando início às atividades de educação continuada e assistencial.
Em média, 10 pacientes são atendidos mensalmente pela equipe, advindos de todas as clínicas do hospital. O coordenador conta como os Cuidados Paliativos são postos em prática dentro do HC-UFG. “O Grupo de Suporte Paliativo de Referência Multidisciplinar – SUPREMA – atua na identificação dos pacientes elegíveis por meio da solicitação de parecer pela equipe médica assistente, descrição realizada em prescrição médica ou busca ativa de pacientes hospitalizados.”
Segundo Ricardo, os aspectos ligados ao paciente e seus familiares são levados em conta desde o momento da avaliação que determinará as ações futuras de cada um. “Após esta identificação, é aplicada a ficha de avaliação multiprofissional que aborda a biografia, estrutura familiar, diagnóstico, condição clínica, informações sobre a doença, escala de avaliação de sintomas de Edmonton, problemas ativos, medicamentos em uso, Palliative Performance Scale (PPS), exame médico, além do levantamento das demandas dos pacientes/familiares e elaboração do plano de cuidados”. O paciente também é convidado a preencher o prontuário afetivo, que fica anexado à beira do leito.
Um grande e competente time
Semanalmente, são realizadas reuniões presenciais para a discussão dos casos, visitas beira leito, deliberações administrativas e organizacionais. Conferências familiares são realizadas de acordo com a demanda, e cartas de condolências são encaminhadas para a família após o óbito. Isso tudo é possível graças à constante entrega de todos envolvidos e a multidisciplinaridade da equipe. Atualmente, ela é composta por 14 profissionais: 1 médico paliativista, 1 nutricionista, 1 fonoaudióloga, 1 psicóloga, 1 terapeuta ocupacional, 1 assistente social, 2 fisioterapeutas, 2 farmacêuticas e 4 enfermeiras.
Mesmo com o sucesso da equipe SUPREMA do HC-UFG, Ricardo acredita que o trabalho ainda tem como ser aprimorado. Ele destaca alguns desafios a serem superados. “Melhorar a comunicação entre os setores e diversas equipes assistenciais dentro da instituição, destinar um espaço específico para atender as necessidades deste perfil de paciente e aprimorar o acompanhamento após a alta hospitalar”, finaliza o coordenador.
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