15 de novembro de 2024
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Há 11 anos, os Cuidados Paliativos ganhavam um importante representante no Centro-Oeste brasileiro. O Serviço de Atenção Domiciliar do Hospital Regional de Mato do Sul (SAD-HRMS) está em funcionamento desde julho de 2010, e a razão de existir não poderia ser mais nobre. Fabiana Moreno, médica paliativista do SAD-HRMS, explica: “O serviço foi idealizado para desospitalizar uma paciente com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), que estava internada há 8 meses”.
Alguns meses depois, em março de 2011, foi credenciada a primeira equipe pelo Programa Melhor em Casa do Ministério da Saúde e, em março de 2014, a segunda equipe. “Em 2016 foi atualizada a portaria do Ministério da Saúde que redefiniu a Atenção Domiciliar (AD) pelo SUS e considera elegível na modalidade AD2 o usuário que, tendo indicação de AD, e com o fim de abreviar ou evitar hospitalização, apresente necessidade de Cuidados Paliativos com acompanhamento clínico no mínimo semanal, com o fim de controlar a dor e o sofrimento do usuário”, detalha Fabiana.
Desde então, a importância do serviço apenas aumentou, assim como o tamanho da equipe. “As médicas e enfermeiras fizeram um curso básico de Cuidados Paliativos, que é replicado periodicamente para a equipe multi”, conta Fabiana, que fez especialização em Cuidados Paliativos e é titulada pela AMB com área de atuação em Medicina Paliativa. O SAD-HRMS é composto por duas Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD), com uma médica, uma enfermeira, três técnicos de enfermagem e um fisioterapeuta em cada equipe, além de uma médica pediatra e um médico anestesiologista com área de atuação em dor; e uma Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP), com uma assistente social, uma psicóloga e duas terapeutas ocupacional. Em média, são atendidos 60 pacientes por mês.
“Como diferencial, podemos apontar estarmos sediados dentro de um hospital estadual, 100% SUS, o qual utilizamos a retaguarda para exames complementares, materiais, insumos, medicamentos, interconsultas com especialistas e internação”, diz a médica. Dessa forma, o SAD acaba recebendo pacientes tanto internados no HRMS, quanto de outras unidades de saúde (internados em outros hospitais públicos ou no domicílio – via UBS e USF).
Para poder continuar a atender com excelência, a Fabiana aponta alguns obstáculos a serem superados. “Hoje, os nossos maiores desafios são manter a atualização da equipe multi, que sofre muita rotatividade; aprimorar a integração da rede para aumentarmos o número de pacientes atendidos; ampliar o acesso às medicações, especialmente para controle de dor; agregar outros profissionais da equipe multi, como fonoaudiólogo, nutricionista e capelão; melhorar nossa estrutura física e aquisição de novos veículos”, finaliza a médica paliativista.
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