A médica e 2ª secretaria do CREMESP, Maria Camila Lunardi, no IX Congresso Brasileiro de Cuidados Paliativos

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) publicou a resolução nº 355, de 23 de agosto de 2022, que estabelece diretrizes éticas para o auxílio médico na tomada de decisões sobre cuidados e tratamentos de pacientes que enfrentam a fase final da vida ou doenças sem cura. Foram estabelecidas diversas decisões de suma importância aos Cuidados Paliativos, como a não realização de tratamentos fúteis, mesmo sob demanda do paciente/familiar. A íntegra do documento pode ser acessada clicando aqui.

Para a médica e 2ª secretária do CREMESP, Maria Camila Lunardi, a resolução veio da necessidade de esclarecer a todos o que são Cuidados Paliativos, a sua importância e as abordagens corretas. “A Medicina Paliativa ainda é uma área de atuação, mas sabemos que sua importância e participação, tanto técnica quanto social, estão cada vez mais evidentes. Com o advento da pandemia os Cuidados Paliativos entraram ainda mais em foco, muitas vezes com uma confusão entre critérios de paliatividade e falta de recurso à saúde. Questões também sobre o desconhecimento de termos e técnicas apropriadas de abordagem de pacientes em potencial indicação de Cuidados Paliativos ficaram evidentes com o uso errôneo”, explica Maria Camila.

A médica ainda ressalta que os esforços da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) durante todo esse tempo para que o Cuidado Paliativo se torne uma especialidade, também foi relevante para a redação do documento. “A Câmara Técnica de Cuidados Paliativos do CREMESP, preocupada com o cenário atual e avaliando ainda a falta de material que guiasse de forma ética e técnica este assunto, redigiu o Resolução CREMESP 355/2022 que esclarece sobre a melhor prática médica que pode ser adotada frente aos pacientes em Cuidados Paliativos, ou com indicação. “Da mesma forma, avaliando as competências atribuídas a esta área de atuação, nos torna cada vez mais plausível o pleito feito pela ANCP em transformar a área de atuação em especialidade, podendo desta maneira oferecer ainda mais aos pacientes, familiares e cuidadores”, finaliza a 2ª secretária do CREMESP.