Confira como foi o Webinar dos Comitês de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da ANCP

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18 de outubro de 2022

Confira como foi o Webinar dos Comitês de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da ANCP

Em comemoração ao Dia Mundial de Cuidados Paliativos e o Dia Nacional do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional, ambos os Comitês da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) promoveram um evento que reuniu profissionais em torno de discussões em prol do crescimento e evolução dessas duas importantes áreas da saúde. “Eventos como esse aproximam pessoas, aproximam categorias, e esse é o principal objetivo de estarmos aqui”, disse Thaís Gonçalo, coordenadora do Comitê de Terapia Ocupacional da ANCP.

Falando sobre os avanços e desafios profissionais da inserção do terapeuta ocupacional nos cuidados paliativos, Thaís fez um breve histórico, de 2013 a 2019, desde a resolução do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) que reconheceu a especialidade de terapia ocupacional em contextos hospitalares e cuidados paliativos, até a criação do Comitê da ANCP. “Consideramos esse como um marco importante, porque foi a partir dele que começamos a conectar com conselhos, associações e demais instituições que fazem com que nós fortalecemos a assistência paliativa com a inserção da terapia ocupacional nas equipes e diferentes modalidades de assistência”, disse a coordenadora. Citando alguns dos desafios à profissão nos cuidados paliativos, Thaís destacou a especialização e as equipes multiprofissionais. “Ainda é nosso grande desafio estruturar uma rede de formação profissional que consiga repercutir na qualidade do que a gente oferta enquanto formação sólida dos profissionais”.

Fernando Marcucci, coordenador do Comitê de Fisioterapia da ANCP, revelou aquele que ele considera ter sido um momento crucial para os profissionais da área: o Fórum de Fisioterapia em Cuidados Paliativos, realizado de forma virtual em dezembro de 2020. “A partir das sugestões que a gente teve, está fazendo praticamente 1 ano que tivemos a publicação da resolução 539, que dispõe sobre atuação da fisioterapia dentro dos cuidados paliativos”. Mais adiante, a fisioterapeuta Luciana Borghi falou sobre os desafios dos cuidados paliativos no atendimento domiciliar. “Quando se fala em atendimento domiciliar, temos que entender que estamos entrando dentro de um ‘sagrado’ do paciente. Muitas vezes, quando o paciente sai do hospital não é porque ele está de alta, que ele chega em casa com uma boa qualidade de vida – não! – nós temos devolver a esse paciente a qualidade de vida que ele acabou perdendo por algumas comorbidades, alguns problemas que o levou a uma internação”, ressaltou Borghi. Ela também explicitou as vantagens e desvantagens do atendimento domiciliar ante o hospitalar, destacando a maior sensação de conforto e proteção que o paciente sente ao ser cuidado dentro de sua residência como um dos exemplos positivos, mas também a disponibilidade imediata das medicações que se torna mais difícil. Ana Paula Ferreira, membro do Comitê ANCP, falou sobre a atuação da terapia ocupacional na unidade de terapia intensiva com enfoque nas ocupações. Ela apresentou informações importantes relacionadas à abordagem ao paciente em cuidados paliativos dentro do ambiente do CTI, demonstrando as particularidades e dificuldades encontradas.

O evento ainda contou com Evellyn Aparecida Almeida Rodrigues, terapeuta ocupacional, falando sobre Manejo do Delirium para pacientes em cuidados paliativos em contexto de enfermaria, Camila Reinbold, fisioterapeuta, falando sobre a aplicação das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) nos cuidados paliativos, e Janaína Santos Nascimento, que levou ao webinar o tema Como promover a inclusão dos cuidados paliativos na formação profissional. Nahãmi Cruz de Lucena, membro da diretoria da ANCP (2021-2022), participou falando sobre como promover a inclusão dos cuidados paliativos na pós-graduação. “Há vários paradigmas a serem quebrados, e uma das questões que mais me chamam a atenção é a gente resgatar o cuidado centrado na pessoa. Outro paradigma é que o paliativista não está trabalhando com quem morreu, ele trabalha com vida. Ele não trabalha apenas com os cuidados do fim de vida, mas sim desde o momento do diagnóstico, como um dos princípios que diz que os cuidados paliativos devem ser iniciados da forma mais precoce possível”, disse Nahãmi.

Você pode assistir a íntegra do webinar clicando aqui.


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