15 de novembro de 2024
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Médicos devem estar bem treinados para lidar com idosos frágeis e para proporcionar cuidados no final de vida, de acordo com um novo relatório da Sociedade Britânica de Geriatria.
O estudo observou que milhares de novos médicos se qualificam para praticar a medicina sem as habilidades ou treinamento para dar a pacientes idosos frágeis o respeito e tratamento que merecem.
Alguns estudantes de medicina recebem apenas 55 horas de treinamento nessas áreas em cursos com cinco anos de duração.
O estudo, publicado na íntegra na revista Age and Ageing, incluiu uma pesquisa em faculdades de medicina britânicas e observou que há um descompasso entre a proporção entre a quantidade de trabalho dedicada ao diagnóstico e ao tratamento de idosos frágeis e a quantidade de ensino na graduação dedicada ao tema.
Adam Gordon, autor do relatório, consultor e professor de medicina em idosos no Nottingham University Hospital, disse: “Muitas das dificuldades que encontramos nos últimos dez anos no tratamento de idosos frágeis são causadas por comunicação inadequada, reconhecimento inapropriado de problemas e por dificuldades na comunicação sobre final de vida, ressuscitação e demência”. A principal razão, segundo ele, foi “uma consequência do fato de que médicos não estão recebendo esse tipo de treinamento com a intensidade correta.”
Marie Cooper, enfermeira no Practice Development Lead at Help the Hospices, disse: “O NHS precisa urgentemente investir em mais treinamento para médicos e outros profissionais de saúde que trabalham em hospitais, para capacitá-los a oferecer melhor qualidade de cuidado para idosos frágeis – incluindo aqueles chegando ao final da vida – e suas famílias. Haverá muita demanda para esse tipo de treinamento em hospitais no futuro com o esperado aumento no número de idosos no Reino Unido nas próximas décadas.”
“Aumentar a conscientização sobre as necessidades de idosos entre médicos precisa começar cedo, portanto as recomendações da inclusão de mais ensino de geriatria na formação médica feitas nesse relatório são bem-vindas.”
“Hospices tem longa experiência no apoio a pessoas idosas no final de vida e suas famílias e estão cada vez mais apoiando os idosos frágeis vivendo mais tempo com condições de saúde complexas. Os hospices têm trabalhado com sucesso em parcerias com os hospitais para melhorar a prática dos enfermeiros nos cuidados para idosos no final de vida e um modelo semelhante poderia ser desenvolvido para os médicos para melhorar a qualidade dos cuidados dos idosos frágeis. ”
Fonte: ehospice
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