Ainda tabu: ‘Em 2016, fiquei sabendo que era paciente paliativa desde 2012’

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5 de janeiro de 2024

Ainda tabu: ‘Em 2016, fiquei sabendo que era paciente paliativa desde 2012’

Samantha Cerquetani
Colaboração para VivaBem
17/12/2023 04h05

Em 2012, Maria Laisa Sampaio (@vidaavivida), 58, recebeu o diagnóstico de câncer colorretal. A professora de educação física procurou atendimento médico por mais de 6 meses na cidade de Curitiba, onde mora, até descobrir a doença.

Neste momento difícil, ainda recebeu a notícia de que viveria cerca de 5 anos. Ela segue derrubando as estatísticas e, mais de 11 anos depois, vive agora como uma paciente paliativa. Atualmente, faz o tratamento convencional e conta com uma equipe multidisciplinar de cuidados paliativos.

Mesmo lidando com uma doença incurável, ela não perde o humor e o desejo de realizar seus sonhos. A seguir, ela conta sua história em detalhes e a importância dos cuidados paliativos para entender o processo de finitude:

“Quando descobri o câncer colorretal, tinha 46 anos. Não fazia parte do grupo de risco, praticava exercícios regularmente, tinha uma alimentação equilibrada, não bebia ou fumava e ninguém na família teve a doença. Na época, tive alguns sintomas gastrointestinais, mas nunca me pediram uma colonoscopia, alegando que não havia necessidade.

Um dia, tive uma emergência médica e corri para o pronto-socorro, onde realizaram exames que constataram o câncer. Receber este diagnóstico provoca sentimentos imensuráveis, perdi o chão e me perguntava incessantemente o porquê disso estar acontecendo.

Também senti vergonha, afinal, trabalhava com qualidade de vida e prevenção de doenças. Como encararia meus alunos? Tive pensamentos rasos e ingênuos e jurei que venceria este diagnóstico.“

 

Evolução do quadro e o início dos cuidados paliativos

Em 2016, tive uma recidiva do câncer e descobri que estava com metástase.

“Fiquei sabendo que era uma paciente paliativa desde 2012, ou seja, que minha doença não tinha cura e meu tratamento visava o controle com qualidade de vida. Descobri pela internet e fui questionar uma médica que confirmou. Ninguém falava sobre isso na época.”


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