Esta semana a Assembleia Legislativa de Goiás realizou Audiência Pública para debater sobre Cuidados Paliativos, que desde 2017, tem a Lei a Estadual nº 19.723/17, que institui a Política Estadual de Cuidados Paliativos, e visa estimular esse atendimento nos hospitais públicos estaduais, para proporcionar dignidade e conforto aos doentes e aos familiares. Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) esteve presente representada pela médica Erika Aguiar Lara Pereira. E o deputado estadual Dr. Helio de Sousa, titular da Comissão de Saúde e Promoção Social, representou a Assembleia Legislativa presidindo a audiência.

Também participaram os representantes dos serviços de Cuidados Paliativos do Hospital Alberto Rassi (HGG), Dra. Ana Maria Porto, que teve importante papel na articulação e desenvolvimento do texto do projeto de lei que hoje guia a Política Estadual de Cuidados Paliativos; do Hospital Araújo Jorge (ACCG), Dr. Antônio Teles; o presidente da Comissão de Cuidados Paliativos do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santilo (Crer-GO), Dr. Fernando de Paula; e do SAD de Aparecida de Goiânia, psicóloga Patrícia Rigoni.

Na ocasião, cada participante relatou sua experiência e o trabalho realizado por suas equipes de paliativistas. Falando pela ANCP, Erika Lara explicou do que se trata o tema e lamentou o fato de menos de 1% dos hospitais brasileiros oferecerem esses cuidados a seus pacientes. Apresentou dados que mostram os Cuidados Paliativos como uma tendência mundial, resultado da curva de inversão epidemiológica e demográfica. Segundo Érika Lara “paliar” não é desistir do paciente, e sim proporcioná-lo dignidade diante da dor e do sofrimento. “Nunca vivemos tanto, vamos viver cada vez mais, e todos vamos morrer. Quando morrermos, tomara que a morte nos seja generosa”, explicou Érika Lara.

Após as apresentações, o presidente convidou os espectadores a participar expondo suas dúvidas e reflexões. Helio de Sousa encerrou a reunião agradecendo os presentes e dizendo que espera que os Cuidados Paliativos recebam cada vez mais atenção, para maior humanização do tratamento.