Entre os dias 17 e 20 de novembro a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), promoveu o XXII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica de forma híbrida virtual e presencial realizado em Salvador (BA). A Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) esteve presente representada por seu presidente o médico Douglas Crispim, que na ocasião participou do painel de Cuidados Paliativos coordenado pelos médicos Sarah Ananda e Ricardo Caponero. Abordando o tema “Só o paliativista faz cuidados paliativos?”, Douglas Crispim dividiu a mesa com Ana Lucia Coradazzi, que abordou “‘Slow’ oncologia é cuidado paliativo?” e Ana Paula De Oliveira Ramos palestrando sobre “Existem níveis e fases nos cuidados paliativos?”.

Segundo Douglas durante a mesa foi colocado em discussão a necessidade de ter níveis de atendimento em Cuidados Paliativos, inclusive o nível não especializado, que ele só vai existir quando existir o nível especializado. “Foi reforçado no debate que foi bem produtivo convocando várias manifestações da mesa e de fora, a favor de se criar a especialidade de Cuidados Paliativos, além de sistemas”, pontuou. O congresso contou com diversas palestras interessantes incluindo um painel de espiritualidade também coordenado pela médicos Sarah Ananda. “Foi um congresso bem produtivo e marcou uma ampliação da participação dos Cuidados Paliativos”, destacou Crispim.

No evento também foram divulgadas informações sobre o impacto da infecção de 1.446 pacientes com diferentes tipos de neoplasia pelo COVID-19, durante e após o tratamento, foram compiladas e serviram como dados que serão utilizados em um estudo que será publicado em breve. Os dados preliminares do estudo foram apresentados pelo médico Bruno Wance, membro da SBOC e um dos responsáveis pela coleta, gerenciamento e análise dos dados. Os dados foram colhidos por oncologistas de 39 instituições de saúde em todas as regiões do país, através do Consórcio Nacional de COVID-19 em Pacientes com Câncer (ONCOVID), de maio de 2020 a agosto de 2021. Os números no período comprovaram a importância do paliativismo durante o tratamento oncológico para 25,66% dos pacientes analisados – 5,1% deles precisavam de Cuidados Paliativos exclusivos.

Para mais informações acesse: https://www.congressosboc.com.br/sboc2021