Delirium ainda fora do radar para profissionais de saúde

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5 de maio de 2014

Delirium ainda fora do radar para profissionais de saúde

Meera Agar, diretora do serviço de Cuidados Paliativos do Braeside Hospital, diz que o diagnóstico e o tratamento de delirium em pacientes de Cuidados Paliativos ainda não são vistos como prioridade por profissionais de saúde.

Delirium é uma síndrome de consciência afetada que reduz a habilidade de focar, sustentar ou mudar a atenção, geralmente encontrada em pacientes que são internados num contexto de Cuidados Paliativos. Pesquisas sugerem que o delirium afeta até 56% dos idosos que são admitidos no hospital e raramente tem uma única causa.

A enfermeira e especialista em delirium Annemarie Hosie e a professora Agar coordenaram um workshop na PCNA Conference, realizado em Sydney, Austrália, em meados de abril, que se propôs a explorar a compreensão preconcebida de delirium por parte dos médicos e discutir fatores que predispõem à condição em doença avançada e quão reversível ela é.

“O delirium é uma condição que não é uma prioridade para profissionais de saúde, mas que é vitalmente importante para pacientes e cuidadores”, disse Agar.

“Um dos desafios está no fato de não estarmos bem treinados para fazer a avaliação. Além disso, profissionais de saúde não estão atentos ou conduzindo rastreamento dos primeiros sinais, por isso eles não seguem para uma avaliação completa. Assim, eles não procuram por algo que eles não acreditam estar lá”, explicou.

Agar disse que muitas pessoas não percebem que “o delirium é reversível, mesmo em unidades especializadas em Cuidados Paliativos.”

“É um equilíbrio delicado entre o que deveria e o que poderia ser feito em termos de tratamento para delirium. Mas em todos os casos, fazer o diagnóstico e esclarecer aos pacientes e suas famílias o que é o delirium é de grande importância”, disse.

“Geralmente as pessoas acham que é uma condição psiquiátrica, porque muitos não sabem do que se trata e isso é altamente estressante. A chave é manter a mente aberta sobre o que pode ou não ser um peso para o paciente e não apenas concluir que a pessoa está no final de vida e que, portanto, nada pode ou deve ser feito.”

O workshop usou um caso clínico típico para ajudar a educar participantes enquanto usava e testava equipamentos de diagnóstico de delirium e discutiam como lidar com cenários críticos que encontraram em seus próprios serviços.

Fonte: eHospice


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