Os desafios da Espiritualidade em Cuidados Paliativos

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25 de julho de 2019

Os desafios da Espiritualidade em Cuidados Paliativos

Vida, morte e espiritualidade são questões inerentes aos Cuidados Paliativos. Segundo o médico, Luis Alberto Saporetti, no tópico “Espiritualidade e religiosidade: conceitos e aplicabilidade no cuidado”, é na espiritualidade que a relação do indivíduo se torna mais importante. É uma busca pessoal de respostas sobre o significado da vida e o relacionamento disso com o sagrado e o transcendente. “Quando a abordagem é voltada para a espiritualidade com uma visão não religiosa é possível trazer para o plano de cuidados aquilo que é relevante para a família do paciente”, explicou.

O Psiquiatria, Henrique Gonçalves Ribeiro, abordou dentro do tema “Sofrimento Existencial: uma dimensão intangível?” o luto, a perda da insuficiência, que é o controle corporal das necessidades fisiológicas, e destacou o desejo de muitos pacientes em estar perto de sua unidade familiar, além da ansiedade e depressão que atingem esta pessoa e suas famílias.

A capelã, Eleny Vassão tratou de “O papel do capelão na assistência a saúde”. Segundo Eleny o trabalho da capelania visa levar a palavra de Deus aos pacientes no final da vida e aos seus familiares, e importante para dar alívio na dor, segurança e confiança na equipe médica e no tratamento. “É um tratamento da alma e do corpo” pontuou.

No tópico “Esperança e desespero em pacientes no final da vida – como cuidar?”, a médica geriatra, Ana Claudia Quintana Arantes, destacou que elevar o nível de esperança é oferecer dignidade através de um olhar, da presença e da parceria por estar ao lado da pessoa quando ela precisa. “O desespero chega a partir da percepção do abandono. Principalmente se for de um Deus (não importando a religião), ele é o mais arrasador, é a sensação de ter sido abandonado em tudo aquilo em que acreditava”, afirmou. Segundo a especialista, o profissional de saúde precisa ser alguém que inspira respeito e não medo. Em um dia de travessias cheia de medo – cirurgia, quimioterapia, processo de morte – ele deve ser para o paciente como um farol na tempestade, que sinaliza segurança, presença, coragem e objetivo e realidade.

Luis Alberto Saporetti é médico do Núcleo Avançado de Geriatria do Hospital Sírio-Libanês; Henrique Gonçalves Ribeiro é médico especializado em Psiquiatria pela Universidade de São Paulo e pós-graduado em Medicina Paliativa pelo Instituto Paliar; Eleny Vassão é capelã titular do Hospital Emílio Ribas em SP; Ana Cláudia Quintana Arantes é médica geriatra pela Universidade de São Paulo e especialista em Cuidados Paliativos e Suporte ao Luto. E ambos estiveram entre os palestrantes nacionais do VII Congresso Internacional Cuidados Paliativos da ANCP, realizado entre os dias 21 e 24 de novembro de 2018.


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