Enfermeiros expressam “profunda preocupação” em relação a cuidados de final de vida

Lives e Webnars ANCP
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5 de novembro de 2014

Enfermeiros expressam “profunda preocupação” em relação a cuidados de final de vida

Uma pesquisa realizada entre enfermeiros no Reino Unido mostrou que um terço dos entrevistados não conseguiram cumprir os pedidos de seus pacientes em final de vida por falta de tempo. A pesquisa, realizada pelo Royal College of Nursing (RCN), mostrou que apenas um em cada nove enfermeiros sentiam que sempre conseguiam fornecer o nível correto de cuidado para seus pacientes.

O questionário, que teve 7.721 respostas, mostrou que outras barreiras para o cuidado a pacientes em final de vida são a falta de recursos e de formação dos profissionais.

Quase 70% dos entrevistados disseram ter visto casos em que uma pessoa foi levada ao hospital contra a sua vontade, porque os recursos para cuidar deles em casa não estavam no local.

Um quarto das pessoas entrevistadas disseram que não tinham recebido treinamento específico para cuidar de pacientes em final de vida, apesar do fato de mais da metade dos enfermeiros ouvidos terem dito cuidar regularmente de as pessoas que se aproximavam da morte.

Cerca de metade das respostas sugeriu que profissionais de enfermagem nem sempre têm a oportunidade de falar com os pacientes sobre suas preferências para os seus dias finais.

“Muitos profissionais de saúde se disseram ‘profundamente incomodados’ por essa incapacidade de sempre cuidar do paciente em final de vida no ambiente que teria desejado”, afirmou Peter Carter, executivo-chefe do RCN.

Segundo ele, que os resultados da pesquisa ter “tocado um nervo” entre enfermeiros.

“Centenas de pessoas nos falaram sobre a honra e o privilégio de cuidar de pessoas em final de vida. No entanto, muitos também estão preocupados profundamente por suas experiências de tentar oferecer cuidados para a morte em um cenário de falta de pessoal, falta de recursos , treinamento inadequado, pressões de custo e aumento da demanda”, disse Carter.

“Cuidar de pacientes em final de vida é uma arte, assim como a ciência. Ela não pode ser reduzida a um processo de administração de medicamentos ou uma série de tarefas de enfermagem necessários, por mais importante que essas coisas sejam”, concluiu.

Fonte: ehospice


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