Em comemoração ao Dia Mundial de Cuidados Paliativos (9 de outubro), a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), em parceria com as suas Estaduais Rio de Janeiro e São Paulo e da Sociedade de Tanatologia e Cuidado Paliativo de Minas Gerais (SOTAMIG) realizou o webinar “Não deixe ninguém para trás – Equidade no acesso aos Cuidados Paliativos.” O evento trouxe luz às dificuldades encontradas no país para promover a todos o atendimento de forma equitativa até o ano de 2030.

Na abertura o presidente da ANCP, Douglas Crispim, disse que a data é vista com alegria, e não esqueceu de agradecer àqueles que entende como essenciais para os trabalhos. “É preciso fazer agradecimentos muito especiais a todos os pacientes e familiares. É para eles que nós existimos. Para lutar contra o sofrimento dessas pessoas, que futuramente seremos nós”, destacou.

Crispim também observou que os números referentes aos atendimentos anuais no país são subdimensionados, e que isso eleva ainda mais a importância da busca pela equidade. “Quando fazemos uma multiplicação simples do número de serviços que temos no Brasil, pelo número médio de casos novos de acordo com o último Atlas dos Cuidados Paliativos da ANCP 2019, chegaremos a aproximadamente – e tenho certeza que esse número é subestimado – de 6 a 7 mil atendimentos novos por ano no país, nos nossos 191 serviços. Foram 7 mil votos de confiança que recebemos”, frisou o presidente.

Equidade x Igualdade x Realidade

A primeira mesa “Cuidado Paliativo para todos? Desafios e perspectivas para o Paliativista”, organizada pela ANCP-SP, contou com moderação da enfermeira Roberta Antoneli, e palestras dos médicos Daniel Neves Forte e Luis Fernando Rodrigues. Já a segunda mesa “Fortalecimento da rede para promover o acesso”, reunida pela SOTAMIG, contou com moderação das médicas Camila Rabelo Monteiro de Andrade e Valéria Lamas, e palestras do enfermeiro, Alexandre Ernesto Silva, e da médica Mariana Brandão. Encerrando o evento a terceira mesa “Onde estamos e Para onde vamos?” constituída pela ANCP-RJ, contou com moderação de Lisiana Wachholz Szeneszi. Os médicos Filipe Gusman, Simone Garruth e Débora Mattos, debateram sobre os “Mitos e Verdades e como fazer a ciência ser parte da nossa realidade”. E a enfermeira, Liana Trotte e o fisioterapeuta, Ernani Mendes debateram sobre “Como envolver a administração pública, privada e as comunidades? Como transformar nossa realidade em Ciência?”.

Ao final o presidente da ANCP leu a “CARTA DA ANCP À POPULAÇÃO BRASILEIRA”, publicada em alguns veículos de comunicação e disponibilizado na integra no site da ANCP. Você pode assistir esse webinar na íntegra no canal da ANCP no YouTube clicando aqui.