15 de novembro de 2024
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Discursos emocionados, de quem escreveu capítulos importantes da história dos Cuidados Paliativos no país e de quem cont...
Portal UOL Viva Bem – Agência Einstein Por: Cristiane Bomfim
Em suas 224 páginas, o livro “Histórias Lindas de Morrer” reúne quinze histórias reais sobre como a morte muda o significado de palavras como “tempo” e “relevância”. E, apesar do nome, é um livro sobre a vida, explica a autora Ana Claudia Quintana Arantes. Geriatra há 27 anos, ela é uma das referências em cuidados paliativos no Brasil e trabalha diretamente com pessoas que estão em tratamento de doenças graves e que, em muitos casos, não conseguem ter uma perspectiva de vida longa. São pessoas que não têm mais tempo para perder com futilidades ou mesquinharias.
“Histórias Lindas de Morrer” é o terceiro livro de Ana Claudia. Em todos, a morte é usada como artifício para falar da vida. “Escrevi este livro porque as pessoas têm o mau hábito de acharem que quem vai morrer é um fracassado, um coitado. A morte está aí para todos e é o momento de analisar como foi todo o percurso”, diz. Ao mesmo tempo, a publicação abre espaço para a discussão dos cuidados paliativos no país, que ainda tem um longo caminho para percorrer. “Especialmente na universidade, o futuro médico não aprende como tratar o sofrimento dos pacientes e as dores deles. O aluno aprende a tratar a doença e não a dor e todos os sofrimentos que acompanham uma situação limítrofe”, conta a médica que chegou a trancar a matrícula na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) por inconformismo com a situação.
De acordo com a última definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2002, este tipo de cuidado é formado por um conjunto de práticas multidisciplinares para prevenir e tratar o sofrimento de pacientes em situações em que existe uma doença ameaçadora à vida. “Não se oferece cuidados paliativos somente a quem está nos últimos dias de vida, mas sim às pessoas que estão sofrendo com doenças graves e que oferecem algum tipo de risco”, explica Douglas Crispim, geriatra paliativista e vice-presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos.
Leia a matéria na integra em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/28/quando-historias-sobre-a-morte-nos-ensinam-a-viver-melhor.htm
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