A quinta edição do Encontro Virtual de Residentes em Cuidados Paliativos do Brasil aconteceu no dia 17 de agosto com a participação de cerca de 30 profissionais da saúde que atuam em diferentes áreas. O evento contou com os residentes Arthur Amaral, Laura Londe e Ronny Oliveira, do serviço de Cuidados Paliativos do Hospital de Apoio de Brasília (HAB), além da supervisão da Dra. Alexandra Mendes Barreto Arantes.

Durante a apresentação de cerca de 80 minutos, os participantes tiveram acesso ao relato de um caso clínico atendido pelos 3 residentes: um paciente de 80 anos com dispneia progressiva há 1 mês, associado a ortopneia e dispneia paroxística noturna, evoluindo com insuficiência respiratória aguda secundária a choque cardiogênico (IAMSSST), além de choque séptico de foco urinário e lesão renal crônicas agudizada (KDIGO I), sendo necessário IOT e uso de DVA.

Após breve melhora do quadro clínico, o paciente voltou a apresentar uma piora da funcionalidade devido a episódios de delirium, pneumonia, e nova piora da função renal (KDIGO III), além de total dependência para o autocuidado. A equipe de Cuidados Paliativos do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) – onde o paciente vinha sendo atendido neste segundo momento – em decisão compartilhada com a filha do mesmo, avaliou que ele teria como objetivos do cuidado a manutenção de seu conforto, controle dos sintomas e dignidade. Também ficou acordada a dispensa de medidas de suporte avançado de vida. Ao fim do caso, o paciente não veio a óbito.

A partir desse momento, o tema do Encontro Virtual foi a Reabilitação Paliativa, com a participação dos espectadores com comentários e perguntas via chat e vídeo. Arthur Amaral expôs o conceito, objetivo e os benefícios da atividade, sempre contando com a participação de outros residentes que estavam no evento.

Próximo ao fim do Encontro, a Dra. Alexandra Barreto fez uma ressalva importante acerca da definição de cuidados paliativos. “É preciso reforçar que cuidado paliativo, apesar de todo mundo achar que é fim de vida, lembrar que é pela necessidade do paciente – independente do prognóstico e de acordo com suas necessidades – e abordagem da melhora da qualidade de vida”.