Diretoria da ANCP gestão 2021-2022 completa seu primeiro ano de trabalho

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15 de dezembro de 2021

Diretoria da ANCP gestão 2021-2022 completa seu primeiro ano de trabalho

Prestes a completar metade deste biênio 2021-2022, a Diretoria da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) realizou muito em prol dos paliativistas no Brasil e a defesa de suas práticas ao máximo de pessoas possível, de forma equitativa, multidisciplinar e integrativa. O diálogo com diferentes áreas da saúde foi amplificado e, de forma plural, trouxe ao debate questões importantes para o presente e futuro dos Cuidados Paliativos no país e no mundo.

Facilitando ainda mais a comunicação a todos interessados pelos Cuidados Paliativos, a ANCP reformulou também a sua marca, utilizando cores mais vivas e modernas, fortalecendo a instituição e mantendo a identidade inicial. Também foram elaborados materiais abrangentes e de extrema importância, além da aguardada 3ª edição do Manual de Cuidados Paliativos da ANCP, publicado em parceria com a editora Atheneu e lançado durante webinar que contou com a presença de Paulo Rezinski, diretor médico da editora. Além disso todos os associados adimplentes receberam cupom de desconto para aquisição de seu exemplar.

Mesmo distantes em função da pandemia, participação foi ativa

Em um período de pandemia, muitas atividades aconteceram de forma on-line. Foi o caso dos Webinares e Lives, realizados pelos Comitês da instituição que ao longo de todo o ano, divulgaram e debateram pesquisas, conquistas da área expondo importantes trabalhos de profissionais e membros por todo o país. A Diretoria da ANCP também se fez presente em diversas oportunidades, colocando em pauta as necessidades e os avanços dos Cuidados Paliativos em várias áreas da saúde e eventos de instituições como o webinar do Conselho Federal de Medicina (CFM); a reunião com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP); o Fórum Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC) – além de participar da reunião on-line do Conselho Estratégico do TJCC, com participação da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS).

Entre as dezenas de atividades e ações exercidas ao longo desse período, devemos destacar algumas que tiveram grande êxito em fortalecer a comunicação e esclarecer aos profissionais da saúde já inseridos no tema, além dos leigos e da sociedade como um todo, assuntos que estão na agenda do dia, como o “Posicionamento da Academia Nacional de Cuidados Paliativos sobre o uso inadequado da nomenclatura Cuidados Paliativos” enviado pela ANCP e suas seccionais São Paulo e Rio de Janeiro, além da Sociedade de Tanatologia e Cuidado Paliativo de Minas Gerais (SOTAMIG), que foi lido na integra no início da 60ª audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. O documento contou com apoio de diversas instituições de representação profissional e multiprofissional, explanando sobre o que são Cuidados Paliativos de verdade, além de trazer luz à importância da prática no acompanhamento dos pacientes não apenas em fase final de vida.

A Covid-19 mudou parâmetros, e a ANCP sempre esteve atenta ao desenrolar de novas alternativas para oferecer a pacientes e seus familiares os cuidados necessários para alcançarem o grau de dignidade e qualidade de vida que todos merecem. Assim, a Academia – sua seccional Estadual de São Paulo e apoio técnico dos Comitês de Bioética e Terapia Intensiva, em parceria com Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) e apoio da Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia (SBPO) – entendeu ser crucial documentar seu posicionamento a respeito do parecer nº 131.045/20 do Cremesp sobre as videochamadas para pacientes sedados, em coma ou em salas de emergência. Na ocasião, Douglas Crispim, atual presidente da ANCP, ressaltou que a preocupação do Conselho em evitar a exposição indevida de pacientes internados com o novo coronavírus e que não pudessem autorizar a filmagem era salutar, mas que privaria muitas famílias de terem contato com seus entes queridos. “O único ponto contrário é que, entendemos que estes pacientes e seus familiares se beneficiam da visita virtual, mesmo estando eles em coma. Isto nos aproxima de uma visão que já vinha sendo implementada nas UTIs humanizadas, e de uma visão integral do indivíduo é daqueles que o cuidam. Certamente podemos melhorar a segurança sem proibir estas práticas”, explicou Crispim.

Outro posicionamento essencial durante a pandemia foi o documento elaborado pela ANCP e sua Diretoria acerca da escassez de recursos em Manaus-AM, onde pacientes internados com a Covid-19 não tinham mais acesso a oxigênio hospitalar, fato amplamente noticiado e debatido no Brasil durante o período. A ANCP parabenizou a luta dos profissionais de saúde diante tão árduo desafio e cobrou das autoridades a breve solução do problema.

Compreendendo o difícil momento que todos passam em função dos desdobramentos da pandemia e seus impactos na economia, a ANCP decidiu, em 2021, manter o valor da anuidade congelado para todos seus membros até o final do ano. Vale lembrar que a taxa não sofre reajustes desde 2019.

Apoio total ao conhecimento científico em prol dos Cuidados Paliativos

A fim de continuar a promover e incentivar estudos na área de Cuidados Paliativos de profissionais nacionais, a ANCP criou em seu site a página Produção Científica Nacional, com o objetivo de divulgar artigos e livros de autores brasileiros, valorizando a produção acadêmica nacional sobre o tema. Em 2021, a ANCP também atuou fortemente para a solidificação dos trabalhos de seus Comitês, com a reformulação do Regimento Interno, além ter participado da realização dos Congressos Estaduais, colaborando para tornar esses eventos cada vez mais organizados e centrados em conceitos científicos, de modo a elevar o nível de pesquisa e conhecimento dos Cuidados Paliativos no país. Paralelamente, a ANCP incentivou as inscrições para a criação de novas Estaduais, como a do Rio Grande do Sul, em Outubro.

No mesmo mês, o Dia Mundial Cuidados Paliativos foi celebrado pela ANCP que promoveu integração, disseminação de conhecimento e conquistas. Como nos anos anteriores disponibilizou em seu site material oferecido pela The Worldwide Hospice Palliative Care Alliance (WHPCA) traduzido para o português e também banners com as fotos vencedoras do Concurso Cultural de Fotografia para o Dia Mundial de Cuidados Paliativos promovido pela 5ªvez consecutiva.

Pela primeira vez ANCP, com objetivo de disseminar para a população a prática real dos Cuidados Paliativos, publicou em alguns veículos de comunicação do país, a “CARTA DA ANCP À POPULAÇÃO BRASILEIRA”. Integrando ainda mais as ações, os já ativos Comitês de Trabalho da ANCP participaram da campanha por meio de vídeos voltados aos temas colaborando para atingirmos o objetivo da difusão de informações promovendo equidade aos Cuidados Paliativos.

E no dia 9 de outubro, realizou o webinar “Não deixe ninguém para trás – Equidade no acesso aos Cuidados Paliativos”, em parceria com as Estaduais do Rio de Janeiro e São Paulo, além da Sociedade de Tanatologia e Cuidado Paliativo de Minas Gerais (SOTAMIG). Foi um dos maiores eventos on-line gratuitos já feitos pela instituição. Ele uniu renomados especialistas em Cuidados Paliativos no Brasil para disseminar conhecimento a todos que se interessam pela área, sem deixar de lado as pessoas que têm interesse em aprender cada vez mais sobre essa atividade que cresce a cada dia.

Além disso, uma conquista foi a menção e correção no Relatório Final entregue pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, com vários espaços dedicados no documento para demonstrar o uso errado de termos relacionados aos Cuidados Paliativos ao que foi relatado durante as audiências da CPI.

Em novembro, Rudval Souza da Silva, vice-presidente da ANCP, passou a ser um dos membros do Conselho Consultivo Nacional da Associação Brasileira de Enfermagem Nacional (ABEn). “Estamos avançando junto à ABEn e a Sociedades de Enfermeiros Especialistas (SOCIESPE) em busca da especialização da enfermagem em cuidados paliativos”, ressaltou à época.

Expectativas para o futuro

Para 2022, uma das principais missões da diretoria é a ampliação no fomento e propagação de conhecimento tanto para profissionais com o lançamento do PalliClass, como para a sociedade explicando e desmistificando a prática, combatendo a disseminação de informações erradas ou sem embasamento técnico, e avançando para maior discussão que realmente importa, a do acesso aos cuidados paliativos de verdade.


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